CNB deve quitar antigos débitos com a Santa Casa para acabar com a greve

Em assembleia realizada nesta terça-feira (10), às 6h00, os 700 funcionários da Santa Casa de Mogi Mirim decidiram paralisar as atividades no hospital, pois a administração depositou apenas 65% dos salários de dezembro e não honrou com o compromisso de pagar integralmente o 13º salário no dia 9 de janeiro.
Conforme a lei, o 13º salário que deveria ter sido pago 50% no dia 30 de novembro e o restante dia 20 de dezembro, o que representa 21 dias de atraso para o pagamento integral do benefício.
Segundo informações do Sinsaúde, sindicato da categoria,  é a segunda vez em menos de um mês que os funcionários da unidade entram em greve. Em dezembro, os trabalhadores paralisaram as atividades, pois a administração havia pago somente 65% dos salários de novembro e deixou de pagar o 13º salário.
A diretora regional do Sinsaúde, Isilda Grassi Cola Choquetta, destaca que a administração alega falta de recursos para honrar o compromisso com os trabalhadores. “Eles disseram que devem pagar o restante dos salários no dia 20, mas não têm nenhuma previsão para o pagamento do 13º”.
Segundo ela, no fim da última greve em dezembro, os trabalhadores avisaram que se os compromissos da administração não fossem cumpridos haveria uma nova paralisação. “Cruzaremos os braços até que os empregadores paguem o que deve aos profissionais de saúde”.

PREFEITURA
Na tarde desta terça-feira (10), por meio da assessoria de imprensa, o prefeito Carlos Nelson Bueno (PSDB) se manifestou acerca do assunto.
De acordo com a nota, a Prefeitura,sensibilizada pela situação dos funcionários da Santa Casa de Misericórdia da cidade, mesmo diante do atual cenário econômico encontrado desde o dia 1 de janeiro de 2017, tem concentrado esforços para quitação de compromissos em atraso deixados pela administração anterior.
Já está em elaboração pelo prefeito Carlos Nelson Bueno a proposta de quitação dos repasses em atraso à Santa Casa referentes aos meses de novembro e dezembro, no valor cerca de R$ 2 milhões de reais.
Contudo, a Prefeitura de Mogi Mirim reafirma que a quitação dos valores não significará, necessariamente, que a Irmandade quitará o décimo-terceiro salário aos funcionários, decisão essa que caberá tão somente à diretoria da Santa Casa.
A Prefeitura de Mogi Mirim tem se preocupado em manter a folha de pagamento de seus funcionários em dia, como fez nesse início de ano, mas não deixará de colaborar com a direção da Santa Casa, a fim de que os funcionários da Irmandade, bem como a população não sejam mais prejudicados com a paralisação de serviços essenciais, muito embora o hospital certamente tenha outras receitas que também são determinantes para o pagamento de seus compromissos.

Textos: Sinsaúde e Assessoria de Imprensa da Prefeitura

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